AS METAMORFOSES DO BUREL
O burel, tecido de lã grosso e áspero, cuja essência é conferida pelo acabamento final, que passa simplesmente pelo seu apisoamento (que lhe dá corpo e espessura) e pela cor natural da lã (parda, castanha ou preta), classificava-se no grupo dos “panos ordinários” de grande uso no país, sobretudo até ao séc. XVI.
Transversal às diferentes classes, pois, era utilizado por todas elas, é um tecido rústico cuja origem se perde no tempo e com o qual se faziam as capas dos pastores da Serra, pois, para além de quente é impermeável, e servia também para fazer mantas e cobertores.
Se, há uns anos, era quase desconhecido, por força da introdução de novos tecidos, nos tempos que correm sente-se o ressurgimento deste tecido que procura aliar a tradição à inovação e à contemporaneidade e, a par do uso tradicional, o burel é utilizado na produção de vestuário diverso e ainda como elemento decorativo e artístico.
O artista Vasco Pereira, inspirado na natureza e na azulejaria portuguesa, cria obras de grande beleza em que o burel parece metamorfosear-se em motivos florais, coralinos e até geométricos, numa paleta de cores que vai desde as cores naturais da lã (o castanho-escuro e claro e o mesclado) até às cores vibrantes do burel tingido com os tons de azul, bordeaux, verde e vermelho, por vezes acompanhados de bordados em ponto de cetim.
Dê às paredes da sua casa um ar confortável e intimista
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