1,5Kg de castanha Martaínha + Jeropiga Alpreada Frutas e Leguminosas da Beira Baixa

Castanhas e jeropiga: da história à tradição
O outono traz sabores e costumes portugueses muito especiais.
A 11 de novembro, Dia de S. Martinho, de norte a sul do país, manda a tradição que se comam castanhas assadas e se beba jeropiga, vinho novo ou água pé. Uma forma de celebrar a chegada do tempo frio, numa altura que habitualmente o sol e o calor dão um ar da sua graça. A história remete para a lenda. Martinho de Tours – um militar, monge, bispo e santo católico, nascido no ano de 316 – certo dia, estava a caminho da sua terra natal. O tempo estava muito frio e Martinho encontrou um mendigo gelado que lhe pediu esmola. Então, o soldado romano rasgou a sua capa em duas metades e deu uma ao pedinte. De repente, o sol brilhou e o frio desapareceu. Esta mudança no estado do tempo terá sido a recompensa pela generosidade de Martinho. Este fenómeno costuma acontecer sempre por esta época, sendo intitulado de “verão de São Martinho”. Numa estação repleta de sabores, as castanhas assumem o destaque, assadas ou cozidas com erva doce. Marcam ainda especial presença as papas de abóbora e a batata-doce. A acompanhar, bebe-se a jeropiga, a água pé ou vinho novo, produzido com a colheita do verão anterior. A jeropiga é preparada adicionando aguardente ao mosto de uva para parar a fermentação, ficando uma bebida mais doce e mais alcoólica que o vinho. A água-pé é o resultado da água lançada sobre o bagaço da uva, de onde se retira o pouco de mosto que aí se mantém. Uma bebida que pode ser consumida em plena fermentação ou, depois disso, adicionando-lhe álcool. Se o costume mais antigo pedia que, pelo menos no interior do país, o povo se reunisse à volta de uma fogueira para fazer o magusto, em grande animação e partilha, o contexto atual, de pandemia, não permite grandes festejos. No entanto, pode sempre celebrar a data em casa e saborear em Dia de S.Martinho ou as vezes que quiser e puder os bons produtos nacionais desta época.